O Fonoaudiólogo é fundamental no tratamento do disléxico, ele auxilia na associação entre o som e a escrita.
A dislexia é um distúrbio de aprendizagem nas áreas de leitura, escrita e soletração, que afeta entre 5 a 10% da população escolar. Provocado por um conjunto de fatores genéticos e neurológicos, demanda atenção multidisciplinar. Entre os profissionais envolvidos no atendimento ao disléxico está o fonoaudiólogo. Ele é justamente a pessoa habilitada a trabalhar a dificuldade em associar os sons da fala, os fonemas, às letras correspondentes.
Muitas vezes negligenciada ou confundida com preguiça, a dislexia vem recebendo destaque na história de Clarissa, personagem interpretada pela atriz Bárbara Borges na novela Duas Caras, da Rede Globo. Como todos os disléxicos da vida real, ela é inteligente, uma pessoa normal. Suas maiores dificuldades são ler e compreender um texto ou, ainda, transmitir seus conhecimentos por meio da escrita. Tanto é que foi aprovada no vestibular ao ser submetida a uma prova oral.
“Para ler e escrever, é preciso saber pensar sobre a fala, dividir a fala em unidades menores e associar os fonemas às letras”, explica a fonoaudióloga Maria Thereza Mazorra, especialista em Linguagem, representante do Conselho Regional de Fonoaudiologia - 2a Região. “Às vezes, essa passagem é difícil”, continua ela.
É nesse momento que entra em ação o fonoaudiólogo. “Ele estabelece estratégias para facilitar a leitura, para ajudar o indivíduo a associar o som à escrita”, conta a profissional. “E também estimula outras áreas, como a linguagem oral, para compensar o problema.”
Fonte: Conselho Regional de Fonoaudiologia - 2ª. Região São Paulo